quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Descoberta.

Evito abrir aquela caixinha rosa para não ler cartinhas, ver fotos, ter recordações, olhar aquele anel que não tem mais seu par. Evito ver nossos vídeos para não sentir saudades. Confesso que não paro mais para pensar em nos dois, e quando distraidamente me pego pensando, logo desvio meus pensamentos e tento - e às vezes se torna uma luta - me focar em algo sólido.
Não é que eu esteja deixando de te amar, mas descobri em mim o medo, a insegurança, feridas que não se curam. Talvez, eu me ame mais agora ou simplesmente esteja sendo realista. Eu fui fundo demais, de olhos fechados, dei o melhor de mim. Hoje, estou de olhos abertos, indo devagar e sendo recíproca. Sinto saudades de como éramos antes, mas no fundo sinto que estou fazendo a coisa certa.
Não vou voltar a ser o que eu era antes mesmo com uma parte de mim suplicando para que isso aconteça.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Aqui estou só.


O outono tem sido difícil, nenhuma estação foi fácil, mas antigamente eu não tinha muito a perder.
Eu sorria com qualquer abraço, qualquer aperto de mão, qualquer demonstração de afeto, mesmo que não fosse comigo.
Eu fazia o estereotipo ‘forte’ mas isso me tornou amargurada.
Eu segurava todas as lágrimas até chegar o meu limite.
Atrás dessa mascara de forte havia um ser vulnerável, com sentimentos, emoções, dores, um ser fraco e humano.
Eu me perguntava quem seria o homem que me fazia chorar, me encolher no escuro, me fazer ouvir músicas que eu mesmo julgava clichê.
Me pergunto de que me vale os olhos se eu não posso vê-lo, de que me vale os braços se eu não posso o abraçar, de que me vale os lábios se eu não posso beijá-lo ou falar coisas bobas aos seus ouvidos, de que me vale a imagem de forte se eu sou fraca?
Eu dizia ‘um homem nunca vai me fazer chorar’, como se hoje isso fosse uma opção.
Sabe, eu amava segurar na sua mão, eu amava cada parte do seu corpo como se fosse o meu, me era necessário cada pedaçinho seu.
Você ria e me chamava de boba, mas sabe, eu nem sempre fui assim, eu nunca dei espaço para ninguém me tocar, me amar, me machucar.
Você me obrigou a andar novamente sozinha, você me obrigou a seguir em frente.


Texto de uma estação passada que só agora senti que deveria postar.

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"Eu dou as costas mesmo, vou embora de mansinho e nem digo tchau, porque se eu disser me sinto quebrada ao meio. E eu vou, mas vou inteiro. Talvez eu tenha aprendido a ter menos amor, só pra não deixar que esse amor, deixasse de ser amor."


Sabe, eu sei que esses dias turvos que nos acalantavam me silenciou, não por destreza ou por infidelidade confidencial, mas porque todo mundo deixa, se despede e vai embora, mesmo que não seja inteiro, mesmo que ainda sim, não se pertença. Eu me pertenço agora, na verdade sempre me pertenci, porque conheço a dor como ela é, conheço cada pedaçinho que faz com que eu me sinta vivo e até aqueles pedaços que me fazem cair morto, sem redes que me prendam. Você foi uma rede por muito tempo, não me deixou cair, mas também pudera era uma rede forte e segura até que eu destroçasse ao meio, dizem por aí que quem ama aceita e segura, mas quem é capaz de segurar tudo por amor? Talvez, eu não seja capaz.

Texto um pouco antigo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história...
Quantos projetos você deixou para trás?
Quantas vezes seus temores bloquearam seus sonhos?
Ser um empreendedor não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la. (Augusto Cury)

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. (Augusto Cury)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Invente um novo fim.

Morra por mim, viva por mim. A chuva embaça minha visão, não tenho sentimentos, algo no caminho, não enchergo. Escrevo "e se" com sangue em linhas tortas, pense uma vez mais em mim, use-me como sua droga. Me ajude, se ajude. Como é a vida de um girassol? Morra por ele. A morte é minha amiga imaginária, reze por mim. Acenda a vela que está no fim do túnel, invente um novo fim. A vida é mais que uma ilusão, pense ates de agir. O mundo é o novo inferno, anjo da morte me leve daqui, morra por mim, que morrerei por você.

domingo, 18 de outubro de 2009

Cuida de mim. - O teatro Mágico

Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou;
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto finjo, enquanto fujo.

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás, se voltar atrás assim como eu.

Busquei quem sou
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.